Os malabarismos duma seguradora

Quando, há uns anos (cerca de doze)tive um acidente num cruzamento por incumprimento de sinal stop por parte da condutora de uma Ford Trânsit, fiquei com o meu carro num estado lastimoso e incapaz de circular uns míseros 50 metros, até ao quartel dos bombeiros, onde ficou guardado, tendo sido dado como perdido, pela minha seguradora.
Ora, nos meus contactos com a mesma, defendi sempre que a situação anterior ao acidente, deveria ser reposta e só dessa maneira seria feita justiça, tanto mais que ficou provada a culpa da outra condutora, no acidente.
Mais triste se torna este episódio, quando, pelas características do outro veículo, ele sofreu apenas uns arranhões na pintura, equanto o meu, foi pura e simplesmente vendido a um sucateiro, que o reparou e pôs a circular. O argumento era de que o valor da reparação, era superior ao valor do carro no mercado. Neste caso nem seria a minha seguradora a suportar todas as despesas com a reparação do meu carro, mas foi logo posta de parte esta hipótese por parte da mesma e quis dar-me uma indmenização no valor actualizado do meu carro, no mercado, recusei equanto pude até ao valor que achei que me penalizava menos; não evitei porém ficar a perder pois fiquei sem carro e com uma quantia no bolso que não pagava sequer, as chatices e aborrecimentos que tive com a seguradora, exigindo aquilo a que ainda hoje me sinto com direito.
O recorte do Público, que junto, veio ontem publicado e faz referência a um caso idêntico, mas que teve um fim mais feliz, talvez por persistência do condutor, levando o caso a tribunal, apesar do recurso da seguradora perante a 1ª sentença: fez-se justiça e provavelmente servirá como exemplo em casos futuros.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O 25 DE ABRIL DE 1974

Caso Meco chega hoje ao fim no Tribunal de Setúbal

Antes e depois: as imagens do 25 de abril de 1974 em contraste com a Lisboa de 2021 - NiT