As confusões do Presidente
Quando, há uns tempos, critiquei neste espaço, Francisco Louçã, a propósito da sua arrogância intelectual e elogiei o Presidente da República por uma tomada de posição que só podia ser louvada, não pensei que poderia inverter posições tão depressa.
No último fim de semana, no Algarve, Francisco Louçã superou tudo o que poderia esperar-se duma pessoa que critica tudo e todos pelos bons e maus motivos e... no caso que refiro, disse o que devia dizer e ponto final.
O tema foi o veto presidencial à nova lei do divórcio e Louçã demonstrou como muitas vezes a política é tortuosa: o Presidente justificou o veto com argumentos que em casos normais serviriam para um voto de confiança e um elogio rasgado à nova lei .
Não sei e creio que pouca gente sabe o que ele quis dizer ao mencionar os casos de violência doméstica, como um entrave a que se fizesse justiça, caso avançasse a nova lei, nada mais errado, vejamos:
Quem será a principal interessada num divórcio rápido, sem litígio, livrando-a ràpidamente da presença e consequentemente da continuação dos abusos e chantagens, senão a própria vítima de violência?
É assim tão difícil compreender que com a nova lei, esses abusos continuados durante o casamento e até mesmo durante o processo de divórcio litigioso, acabam pura e simplesmente?
Havendo separação a pedido de uma das partes, deixa de haver chantagem por bens que a ambos pertencem e até...coacção sobre filhos menores que na maior parte dos casos servem de moeda de troca para se conseguirem ganhos que noutra situação seriam impossíveis.
Compreendo mas não aceito as dúvidas dum presidente que é demasiado conservador para o meu gosto.
Tendo em conta as suas raízes conservadoras e liberais/populistas, até consigo admitir, mas que raio estavam os membros do PSD, a pensar, quando se auto- intitularam de sociais-democratas, quase logo após a sua criação como partido?
Que eu saiba, Social Democrata em Portugal só conheço um partido, porque SOCIAL DEMOCRACIA , significa em todas as Línguas e Dialectos no mundo, Humanismo, Direitos Humanos, Socialismo e Solidariedade e o PSD é tudo menos isso e não é mais que um partido da Direita Liberal e Conservadora, logo mais próximo do PP, do que do PS, que considero verdadeiro detentor dos valores Sociais Democratas e que também tem as suas derivas de identidade e nem sempre defende o que deveria, não estou 100% de acordo com o actual partido no poder, nem sequer estou próximo dessa percentagem, mas por favor, não confundam um "urso" com uma "minhoca".
O PSD pode ser classificado como defensor dos interesses dos seus dirigentes, nunca das classes mais desfavorecidas.
Observem o que foi o actual presidente quando primeiro ministro nos tempos áureos do PSD e comparem com Mário Soares, António Guterres ou mesmo José Sócrates, contrariando o que por aí se diz, considero mesmo, o desepenho de António Guterres, superior a qualquer dos outros dois.
Ora o nosso presidente deu um tiro no seu próprio pé, ao dar argumentos contra uma lei que bem vistas as coisas, só poderiam servir para a elogiar.
No último fim de semana, no Algarve, Francisco Louçã superou tudo o que poderia esperar-se duma pessoa que critica tudo e todos pelos bons e maus motivos e... no caso que refiro, disse o que devia dizer e ponto final.
O tema foi o veto presidencial à nova lei do divórcio e Louçã demonstrou como muitas vezes a política é tortuosa: o Presidente justificou o veto com argumentos que em casos normais serviriam para um voto de confiança e um elogio rasgado à nova lei .
Não sei e creio que pouca gente sabe o que ele quis dizer ao mencionar os casos de violência doméstica, como um entrave a que se fizesse justiça, caso avançasse a nova lei, nada mais errado, vejamos:
Quem será a principal interessada num divórcio rápido, sem litígio, livrando-a ràpidamente da presença e consequentemente da continuação dos abusos e chantagens, senão a própria vítima de violência?
É assim tão difícil compreender que com a nova lei, esses abusos continuados durante o casamento e até mesmo durante o processo de divórcio litigioso, acabam pura e simplesmente?
Havendo separação a pedido de uma das partes, deixa de haver chantagem por bens que a ambos pertencem e até...coacção sobre filhos menores que na maior parte dos casos servem de moeda de troca para se conseguirem ganhos que noutra situação seriam impossíveis.
Compreendo mas não aceito as dúvidas dum presidente que é demasiado conservador para o meu gosto.
Tendo em conta as suas raízes conservadoras e liberais/populistas, até consigo admitir, mas que raio estavam os membros do PSD, a pensar, quando se auto- intitularam de sociais-democratas, quase logo após a sua criação como partido?
Que eu saiba, Social Democrata em Portugal só conheço um partido, porque SOCIAL DEMOCRACIA , significa em todas as Línguas e Dialectos no mundo, Humanismo, Direitos Humanos, Socialismo e Solidariedade e o PSD é tudo menos isso e não é mais que um partido da Direita Liberal e Conservadora, logo mais próximo do PP, do que do PS, que considero verdadeiro detentor dos valores Sociais Democratas e que também tem as suas derivas de identidade e nem sempre defende o que deveria, não estou 100% de acordo com o actual partido no poder, nem sequer estou próximo dessa percentagem, mas por favor, não confundam um "urso" com uma "minhoca".
O PSD pode ser classificado como defensor dos interesses dos seus dirigentes, nunca das classes mais desfavorecidas.
Observem o que foi o actual presidente quando primeiro ministro nos tempos áureos do PSD e comparem com Mário Soares, António Guterres ou mesmo José Sócrates, contrariando o que por aí se diz, considero mesmo, o desepenho de António Guterres, superior a qualquer dos outros dois.
Ora o nosso presidente deu um tiro no seu próprio pé, ao dar argumentos contra uma lei que bem vistas as coisas, só poderiam servir para a elogiar.
Comentários
Bem-haja por todos os esclarecimentos prestados!
Respeitosamente,
Ailime