Comunicação aos nossos(??) Representantes!!

Carcavelos, 10 de Setembro de 2008

Meus amigos,

Devo dizer que estou muito, mas...muito decepcionado com algumas das últimas medidas do Governo em relação à regulamentação da Função Pública, que por norma, são tomadas como exemplo a seguir nas Empresas Públicas e não só.

Votei, desde o 25 de Abril, sempre no PS, não encontro outro partido, no qual me possa rever politicamente, no entanto estou decidido a ficar em casa nos próximos 150 actos eleitorais, só tive desilusões!

Em parte, graças uma pseudo-avaliação na empresa onde trabalho, por sinal, uma EP e que há anos adoptou a avaliação de desempenho, feita sempre pelas chefias directas, a pessoas que teriam muito a ensinar a esses Chefes de pacotilha, se essas avaliações não fossem tendenciosas e com intuitos mais que escondidos.

Não sou contra as avaliações de desempenho PROFISSIONAL, na verdade sou contra avaliações para os amigos do/da CHEFE e outras para os que o não são; com valores diferentes num caso e no outro, como é óbvio.

E se, a norma que saiu para a Função Pública, fosse adoptada nesta casa, eu e muitos dos meus colegas tão... ou ainda mais profissionais que eu e quase sempre mais preocupados com o bom andamento do Serviço que os seus Chefes avaliadores, estaríamos pura e simplesmente, no olho da Rua.

Será este, o Socialismo que pretendem para o nosso País?

Gostaria de saber se os chefes, directores e os gestores de primeira linha, são deuses, impolutos e intocáveis.

Louvo a coragem demonstrada pelo Primeiro-Ministro e Secretário-Geral do PS, por determinadas leis que implementou contra muitos lobies que grassam por aí, mas parece estar a faltar-lhe essa mesma coragem, neste caso que aponto e que me preocupa profundamente.

Pegue o touro pelos cornos Sr Primeiro Ministro!

Não sei quem terá tido a ideia peregrina de regulamentar a lei que referi, aconselho essa pessoa a ingressar durante um ano nos quadros duma Empresa e verificar as condições em que se trabalha na mesma, não num Gabinete, mas fazendo o trabalho no "dia a dia", como funcionário médio e avaliado a preceito.

Tenho a impressão que abandonava o cargo antes de atingidos os primeiros três meses.

Aponto ainda outra regra de que discordo nesta lei: a penalização das baixas por doença, como se estar doente fosse crime neste País; não vou discutir o valor monetário que deixa de entrar nos cofres do Estado, por uma doença que grande parte das vezes, até é imputável à Entidade Patronal.

Uma pessoa está doente e… ponto final! A tendência deveria ser para uma despenalização TOTAL. Nunca para penalizar quem, pelo facto de ter nascido pobre, já tem uma vida de merda e com leis destas, não passa da cêpa torta.

Até a motivação do trabalhador poderia ser outra.

Se duvidam, questionem o Médico-Assistente da pessoa em causa, só ele poderá responder-vos ou então, submetam o doente a uma Junta Médica, credível e ajam em conformidade, e provando-se não haver dolo na conduta do doente, castiguem quem o prejudicou, mas por favor não se escondam atrás de motivos económicos.
Esses são os argumentos preferidos da direita.
O PS que eu saiba, ainda não é de direita, pois não?

Tenham uma boa noite.

Comentários

Ailime disse…
Os tempos evoluíram, mas as mentes por cá "regrediram"...
Temos o país que temos e, por vezes, nada fazemos para contrariar estas situações!
Houve um acomodar muito grande, durante bastante tempo e agora, tiram partido do nosso comodismo!
Sempre a considerá-lo.
Um abraço e uma semana serena.

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