Blue Green Eco

Terá sentido, o título que dei a este texto? O título está bem aplicado tendo em conta, o que queria escrever, antes mesmo de decidir começar:

enchemos a boca quando pronunciamos expressões tais como: “blue-motion”, “green-energy”, ou “ecology”, e aqui, a língua inglesa justifica-se pelo impacto e ênfase que queremos transmitir ao pronunciarmos tais palavras, e basta irmos a um stand automóvel, facilmente deparamos com expressões como as que citei; no entanto, a indústria do ramo, apenas acompanha as tendências, ou não fosse ela, a indústria que mais contribuiu para a degradação da natureza e do meio ambiente.


Poderíamos solicitar um contributo maior às indústrias poluidoras, criando uma hierarquia de valores, em função das responsabilidades passadas e presentes, num conceito  de Indústrias poluidoras/pagadoras, levando-as a repôr o conceito que essas expressões nos transmitem.
A arrogância do comércio e indústria automóveis, tal como outros sectores de actividade, é apenas no sentido de ganhar mais uns € ou $, disso não tenho a menor dúvida.


e por arrogancia...
 
confrontamo-nos hoje, com conceitos assaz interessantes, mas que me levantam muitas dúvidas, pelo que, talvez daqui a algumas centenas de anos, se a Humanidade sobreviver à turbulência actual e... a outras que concerteza se seguirão, o século XXI poderá ser recordado não só pelo seu fervor ecologista, ainda que inócuo, mas também, pelas burrices de que as autoridades políticas mundiais estão a dar mostras, por, em demasiados casos, não quererem solidariamente fazer o retorno de riquezas criadas ilegalmente ou através de tecnologias avançadas, sem recurso ao trabalho directo do Homem, consequentemente levando a que os lucros daí resultantes, estejam só ao alcance de alguns privilegiados.
Neste bendito Século que, segundo alguns, seria o verdadeiro Século dos Direitos, da Solidariedade, da Distribuição equitativa das riquezas, produzidas a custo ZERO, tudo joga a favor de alguns “Chicos Espertos” que na maior parte dos casos nunca fizeram nada na vida, limitando-se, na sua ganância, a recolher o fruto do trabalho de outros; infelizmente continua a acontecer.


A Humanidade está doente, morrem por dia  milhões de pessoas com fome e/ou défice de cuidados de saúde, principalmente na sempre sacrificada África, a sul do Sara e alguma Ásia, e até na Europa da abundância/arrogância porque, como em outros continentes, há demasiados privilégios para líderes políticos, e poucos ou nenhuns, para as populações.
Recorde-se que são estas últimas que mais contribuem com o seu trabalho, para a riqueza daqueles.


Não quero com isto, dizer que não houve uma evolução e em muitos aspectos positiva, mas as expectativas criadas em redor desta autêntica revolução tecnológica, no sentido de haver uma distribuição mais justa, dos ganhos de produtividade, que não são de responsabilidade de quem detém o PODER, mas de todos, e mais ainda, dos que, por défice de poder reivindicativo, acabaram sempre prejudicados; a forma e o controle dessa distribuição, nem seria de difícil cálculo e execução, já temos computadores, basta apenas pô-los a trabalhar, assim haja vontade.

As gerações futuras agradecem.
Boa noite

Comentários

mariafa disse…
O texto está genial! Parabéns! Precisamos de muitos assim, mas não devem ficar só no papel.
Se não agirmos de imediato,nomeadamente no campo industrial, pois temos fábricas de toda a espécie a fabricar mil e um produtos à hora, que vão consumindo de uma maneira estrondosa os recursos naturais e poluindo céus,terras e mares,e para maior cúmulo, muitos produtos vão parar ao lixo e outros andam por ai aos rebolões até serem ou não vendidos, as sociedades vindouras não terão onde viver. E, assim iremos,porque os senhores importantes não acordam, não há príncipes que os venham acordar deste sono eterno, que faz com que o Mundo desabe.

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