Uma Empresa de Sucesso
Escrito em 19-08-2008
Não é um tema que me agrade tratar, tanto mais que à data em que escrevo isto, ainda sou funcionário na dita, mas estou farto de calar o que todos nós sabemos desde de há muito.
Esta casa vai para o precipício; com os problemas que temos e os nossos gestores vivendo uma vida, em grande... como se trabalhassem para uma Empresa de extracção de Petróleo, nos anos 60, só pode...
As teias de aranha que revelam nas suas cabeças só podiam dar nisto.
Estou cá há 34 anos e nunca vi o buraco tão de perto:
Uma empresa que dá regalias a todos os cargos que respiram poder, neste país; e que vão de militares a juízes e até aos seus gestores, que chegam num dia e só têm tempo para trocar os tapetes e o mobiliário e fazer nomeações distribuindo as benesses prometidas aos amigos e a eles próprios esfumando-se no dia seguinte:
Ele são carros de luxo (pelo menos, um luxo para mim, que nunca sonhei conduzir nenhum) com motorista; Cartões de Crédito com plafonds que não me atrevo a imaginar, isenção de horário de trabalho, "Secretárias para todo o serviço" que por vezes a pedido dos próprios se "estendem na horizontal" (devo dizer em abono da verdade, que tenho o maior respeito, pelas boas profissionais/Secretárias que reporto como a maioria; aqui, quem está em causa são aqueles, nunca as suas subordinadas).
Vão ficando os funcionários que nunca tiveram hipótese de sair deste marasmo e nunca receberam nada que viesse da "toda poderosa" para além dos seus magros salários.
É lhes, de vez em quando, adoçada a boca com a reedição das conhecidas fotografias, com promoções a preceito, já pré-destinadas, através de concursos fantoches, apenas para tapar os olhos e calar os eternamente prejudicados.
Responda quem souber: que Organização consegue suportar tal descalabro?
P.S. Olhem para este texto e verifiquem a data em que o mesmo foi escrito e por favor comparem com a situação actual:
Não é por acaso que nas últimas semanas, as notícias sobre o descalabro das contas das Empresas Públicas de Transportes, surgem em catadupa.
“A VERDADE É COMO O AZEITE…” mais verdades virão por aí, podem crer.
Manuel Araújo
Não é um tema que me agrade tratar, tanto mais que à data em que escrevo isto, ainda sou funcionário na dita, mas estou farto de calar o que todos nós sabemos desde de há muito.
Esta casa vai para o precipício; com os problemas que temos e os nossos gestores vivendo uma vida, em grande... como se trabalhassem para uma Empresa de extracção de Petróleo, nos anos 60, só pode...
As teias de aranha que revelam nas suas cabeças só podiam dar nisto.
Estou cá há 34 anos e nunca vi o buraco tão de perto:
Uma empresa que dá regalias a todos os cargos que respiram poder, neste país; e que vão de militares a juízes e até aos seus gestores, que chegam num dia e só têm tempo para trocar os tapetes e o mobiliário e fazer nomeações distribuindo as benesses prometidas aos amigos e a eles próprios esfumando-se no dia seguinte:
Ele são carros de luxo (pelo menos, um luxo para mim, que nunca sonhei conduzir nenhum) com motorista; Cartões de Crédito com plafonds que não me atrevo a imaginar, isenção de horário de trabalho, "Secretárias para todo o serviço" que por vezes a pedido dos próprios se "estendem na horizontal" (devo dizer em abono da verdade, que tenho o maior respeito, pelas boas profissionais/Secretárias que reporto como a maioria; aqui, quem está em causa são aqueles, nunca as suas subordinadas).
Vão ficando os funcionários que nunca tiveram hipótese de sair deste marasmo e nunca receberam nada que viesse da "toda poderosa" para além dos seus magros salários.
É lhes, de vez em quando, adoçada a boca com a reedição das conhecidas fotografias, com promoções a preceito, já pré-destinadas, através de concursos fantoches, apenas para tapar os olhos e calar os eternamente prejudicados.
Responda quem souber: que Organização consegue suportar tal descalabro?
P.S. Olhem para este texto e verifiquem a data em que o mesmo foi escrito e por favor comparem com a situação actual:
Não é por acaso que nas últimas semanas, as notícias sobre o descalabro das contas das Empresas Públicas de Transportes, surgem em catadupa.
“A VERDADE É COMO O AZEITE…” mais verdades virão por aí, podem crer.
Manuel Araújo
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