XXI, o século dos contrastes

XXI, o século dos contrastes
Consolidar, significa na minha opinião, assentar, amadurecer, nalguns casos finalizar.
Deveria ser esta, a ideia dominante das acções políticas e sociais, para que este século cumprisse o seu papel. Porém, verifica-se precisamente o contrário e chego à belíssima conclusão de que NADA pode ser dado como adquirido em nenhum dos aspectos da vida das pessoas.
Em Educação, regredimos: temos os jovens mais instruídos que alguma vez tivemos na nossa vida colectiva, mas por outro lado, os mais mal-educados, menos cidadãos, desertos de ética, respeito por valores e recuso chamar-lhes cultos, pois não existe cultura sem cidadania e esta última está ausente das práticas dos nossos jovens. Poderia dar muitos exemplos, como a criancinha ( o problema começa na infância) que guincha em pleno super-mercado, por uma guloseima ou um brinquedo, com a bonomia dos pais, como se guinchar fosse um direito da criança. Depois temos os adolescentes, colocar os digníssimos chispes nos bancos dos transportes públicos ou a sua pseudo-arte de pintar todos os muros que lhes aparecem à frente ou ainda os próprios comboios pintados a preceito como se isso fosse um direito de cidadania, milhentas vezes re-limpos pelas empresas proprietárias dos equipamentos conspurcados por esses vândalos . Mas pior ainda é o seu comportamento, nalgumas vezes incentivado pelos pais. Já não foco as PRAXES que são tudo menos a tal integração que devia ser e é apenas uma manifestação de futuros ditadores, num mundo que deixa morrer no Mediterrrâneo milhões de pessoas que fogem à guerra nos seus países, como um mal necessário.
Devo confessar que temos hoje as melhores condições, alguma vez conseguidas para sermos um mundo mais igual, mais justo, mas o caminho vai no sentido oposto.
Para descanso das mentes lusas, declaro aqui que estes comportamentos foram na maior parte dos casos, INDUZIDOS pela GLOBALIZAÇÃO

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