SINDICALISMO DA TRETA

Os sindicatos...sempre os sindicatos, sejam os da CP, EDP, CTT, TAP, PT e muitos mais...
Não sei qual a sua utilidade, a não ser para separar trabalhadores de uma mesma empresa, em nichos com níveis de remuneração hierarquizados e regalias desfazadas das responsabilidades exigíveis em cada profissão.
Podem os sindicatos defender os seus associados, mas nunca, passando por cima dos restantes trabalhadores da Empresa. E é esta luta de galos que eu abomino.

Defendo o entendimento obrigatório entre os diversas sensibilidades sindicais, para nomeação de delegados representativos, nas negociações com a Empresa, para que sejam defendidos, os reais interesses dos trabalhadores.
Os sindicatos só devem intervir diretamente, caso se chegue a um impasse; aí, sim, declarar as formas de luta que julguem adequadas.
Eu oiço nas TVs, sempre que há conflitos laborais, os pacóvios bosses sindicais, encher o peito e falar em nome de trabalhadores que não lhes deram avale para tal.

Recordo aqui que o rácio de trabalhadores sindicalizados na maioria das empresas, anda pelas ruas da amargura...
Constatei isso mesmo, durante a minha vida activa de 37 anos.

Os conflito laborais, que abrem todos os dias os nossos telejornais, poderiam ser resolvidos, se através do que proponho, houvesse diálogo e entendimento entre as partes: os trabalhadores devem, eles também, participar nos projectos e estratégias das empresas, ficando a par de pretensões menos claras dos seus gestores, interrompendo mesmo, o processo, caso se justifique; nada que em outros países europeus e não só...não esteja a ser testado, com óptimos resultados.
Para que conste, os trabalhadores são a parte mais interessada no êxito das empresas, NUNCA os empresários. Aqueles serão sempre os mais prejudicados se as empresas onde trabalham, fecharem portas.